Comissão da Câmara de Itabirito visita Muro da Vale em São Gonçalo do Bação

por Comunicação publicado 30/01/2024 19h45, última modificação 30/01/2024 19h53
Vereadores avaliam as condições da estrutura que tem como foco a segurança da população de Itabirito em caso de rompimento de barragens.
Comissão da Câmara de Itabirito visita Muro da Vale em São Gonçalo do Bação

Presidente da Câmara de Itabirito e Comissão de Indústria, Comércio e Mineração durante a visita. Foto: Ascom/Câmara de Itabirito

Nesta terça-feira (30/01), o presidente da Câmara de Itabirito, vereador Pastor Anderson do Sou Notícia (MDB), juntamente com os representantes da Comissão de Indústria, Comércio e Mineração da Câmara, vereadores Renê Butekus (PSD), Lucas do Zé Maria (MDB) e Daniel Sudano (Cidadania), presidente, vice-presidente e secretário, respectivamente, realizaram uma visita à estrutura de contenção a jusante (ECJ), da mineradora Vale, em São Gonçalo do Bação, distrito de Itabirito, divisa com Engenheiro Corrêa, distrito de Ouro Preto.

 

O objetivo da visita foi avaliar as ações da Prefeitura de Itabirito, por meio da Defesa Civil, em relação à segurança da população da cidade. Em um cenário hipotético de rompimento das barragens localizadas em Ouro Preto, a cidade de Itabirito estaria na rota da lama, porém, com o muro de contenção, o município não corre risco.

 

O vereador Pastor Anderson destacou: "Estamos aqui junto com a Comissão de Indústria, Comércio e Mineração, para entender o que a Prefeitura Municipal, por meio da Defesa Civil, tem feito para levar informações para a população de Itabirito."

 

O presidente da comissão, vereador Renê Butekus, afirmou: "Conseguimos identificar que muita coisa que foi falada pela Defesa Civil de fato existe, até mesmo todo o aparato e equipamento para monitorar a questão das cheias na cidade de Itabirito, além de desmentir que o muro estava condenado e rachado. Isso é mentira, estamos detectando aqui agora."

 

O vice-presidente da comissão, vereador Lucas do Zé Maria, acrescentou: "Viemos entender sobre o tão falado muro que conhecíamos por fotos e vídeos. Estamos aqui para desmentir muitas coisas que o povo falava, e a estrutura que tem aqui surpreendeu todos nós."

 

O secretário da comissão, vereador Daniel Sudano, explicou: "A comissão veio fiscalizar e acompanhar as obras que estão em constante manutenção no muro, que é uma estrutura de contenção para o caso de rompimento de todas as barragens de Forquilhas. A estrutura está bem sólida, trazendo segurança para a população de Itabirito."

 

A construção do muro teve início em maio de 2019 e se estendeu até junho de 2021, envolvendo 24 horas de serviços diários durante os dois anos, com um pico de 3 mil trabalhadores empenhados. Núbio Gomes, engenheiro eletricista da Vale, enfatizou: "A estrutura é robusta e superdimensionada para suportar os rompimentos simultâneos das barragens. Caso isso acontecesse, a lama chegaria até cerca de 5 metros abaixo da crista."

 

São 11 km que separam a estrutura das barragens Forquilhas I e II, as mais próximas. O tempo para chegar até a estrutura em caso de rompimento das barragens seria de 25 minutos, enquanto o tempo de evacuação é de 11 minutos, tempo suficiente para que todos saiam em segurança do canteiro de obra.

 

Joelson Lagrimante, relações institucionais da Vale, informou que as barragens Forquilha I, Forquilha II e Grupo estão no nível 2 de emergência, enquanto a barragem Forquilha III está no nível 3, indicando situação de ruptura iminente ou ocorrendo. A barragem Forquilha IV teve seu nível de emergência encerrado. O local conta com sirenes, placas indicativas de rota de fuga e equipe de socorristas 24 horas.

 

A comissão e o presidente da Câmara de Itabirito ressaltaram a importância da visita para esclarecer sobre a segurança da região diante de eventuais situações de emergência. A equipe da Vale foi convidada pelos vereadores para estar em breve na Câmara de Itabirito, levando informação para toda a população.