Câmara de Itabirito recebe padre Miguel Ângelo Fiorillo para relembrar os 316 anos de história do município
                   Pároco da Paróquia de Nossa Senhora da Boa Viagem apresenta resgate histórico da cidade.
                
            
            
        
                             
                             Padre Miguel apresentou imagens e documentos históricos que ajudam a reconstruir a trajetória da cidade desde o século XVIII. Foto - Ascom - Câmara de Itabirito.
Na reunião da Câmara de Itabirito, realizada na segunda-feira (07/04), os vereadores receberam a presença do padre Miguel Ângelo Fiorillo, pároco da Paróquia de Nossa Senhora da Boa Viagem. O religioso ocupou a Tribuna para compartilhar um resgate histórico sobre a origem do município, que completou 316 anos na última quinta-feira (03/04). Na mesma data, a paróquia celebrava também os 280 anos de sua Instituição Canônica.
A participação do padre na sessão foi motivada pelo Requerimento nº 107/2025, de autoria do vereador Pastor Anderson do Sou Notícia (PL), também proponente do Projeto de Lei nº 87/2025, que visa instituir uma sessão solene anual em comemoração ao surgimento de Itabirito.
Durante sua fala, padre Miguel apresentou imagens e documentos históricos que ajudam a reconstruir a trajetória da cidade desde o século XVIII, destacando o papel da fé, da mineração e do desenvolvimento urbano-industrial no processo de formação do município.
Ele recordou que o início da ocupação da região remonta ao final do século XVII, impulsionada pelas descobertas de ouro nas áreas de Sabará e Ouro Preto. A chegada do Capitão-mor Luiz de Figueiredo Monterroio e de Francisco Homem Del Rey ao Pico de Itaubyra, em 1709, marcou o surgimento dos primeiros núcleos habitacionais no que viria a se tornar o distrito-sede de Itabirito. As minas de Cata Branca e Córrego Seco, na localidade de Arêdes, simbolizam essa fase inicial da exploração aurífera.
Inspirados por uma imagem de Nossa Senhora trazida na Nau do Capitão-mor, os moradores batizaram o local como Arraial de Nossa Senhora da Boa Viagem de Itaubyra do Rio de Janeiro. A ermida construída na parte alta do povoado foi posteriormente elevada a capela curada e, com o crescimento populacional, transformou-se na matriz da nova freguesia de Itabira do Campo, em 1745.
É preciso falar também sobre os efeitos da crise econômica causada pela queda na produção do ouro a partir de 1760, destacando a importância da Mina de Cata Branca, operada no século XIX pela empresa inglesa The Brasilian Company Ltda, que desenvolveu um dos mais avançados sistemas de mineração subterrânea da época no Brasil. O desabamento da mina em 1844 contribuiu para o agravamento da crise local.
Foi apenas na década de 1880, com a chegada da Estrada de Ferro Dom Pedro II e a instalação de indústrias, que a freguesia retomou o crescimento. A transição de um cenário colonial para uma paisagem industrial consolidou o desejo de emancipação municipal, culminando na fundação da cidade de Itabirito em 7 de setembro de 1923. O nome Itabirito tem origem tupi-guarani e significa “pedra que risca vermelho”.
Ao final de sua apresentação, o pároco falou sobre o compromisso com a preservação da memória histórica de Itabirito e se colocou à disposição para retornar à Câmara em novas oportunidades, trazendo mais informações e reflexões sobre o passado de Itabirito.
O vice-presidente da Câmara, vereador Fabinho Fonseca (PSD), em resposta à participação do padre Miguel Ângelo Fiorillo na reunião, ressaltou:
 
 
